“O segredo do sucesso ainda não foi descoberto, mas o segredo do fracasso todo mundo já sabe qual é: tentar agradar a todos”. Este ditado tem sua relevância. Basta observar o que acontece na empresa quando evitamos tomar uma decisão, por acreditar que ela não agradará a todos.
A verdade é que, por mais que se faça ou se deixe de fazer, jamais será possível agradar a todos numa empresa, pois trabalhar com pessoas não é fácil e cada uma tem suas pretensões, seus interesses e objetivos.
No campo da Administração, por exemplo, discute-se que este é um dos principais desafios, pois é uma arte lidar com pessoas. Afinal, a Administração depende, e muito, das pessoas: além delas ser o bem de maior valor dentro da empresa e é através delas que os objetivos são alcançados.
Assim, a falta de comprometimento é algo preocupante, pois pode colocar em risco todo o sucesso da empresa. Também o pessimismo das pessoas é capaz de produzir resultados desfavoráveis.
Se a falta de comprometimento é algo mais reservado e eventual, o pessimismo é mais explícito e pode contaminar os outros.
O poder do pessimismo é grande. As pessoas pessimistas são capazes de deixar “pesado” o ambiente onde trabalham, provocando uma desmotivação geral. O baixo astral impera de maneira plena com elas, que conseguem reclamar de tudo. Falam que a empresa é injusta, que ela não faz isto, que deixa de fazer aquilo, que ninguém colabora com ninguém, que sempre falta alguma coisa; enfim, que tudo parece um caos.
Para os pessimistas, todos só têm defeitos, ninguém sabe trabalhar e a empresa deixa a desejar em muita coisa. Sempre acham que estão na empresa errada e que mereciam coisa melhor. Apenas não colocam defeito em si mesmo.
Só que reclamam, reclamam e sempre ficam onde estão; nada fazem para melhorar. Cruzam os braços e, sentadas, esperam que tudo se resolva. A questão é que, assim, nada vai ser resolvido mesmo. Aliás, tendem a piorar!
Quando as pessoas pessimistas chegam ao trabalho, caso não reclamem de algo que as irritou no caminho, ou em casa, têm a criatividade de rapidamente encontrar algo a espetar, fazendo logo suas vítimas.
As palavras de um pessimista explodem como bombas e contaminam todos numa questão de pouco tempo. Suas reclamações ecoam pela empresa. Seus boatos envolvem todos, indistintamente, com exceção delas, é claro!
As pessoas pessimistas parecem não ver limite nas coisas; para elas, quanto pior, melhor. Elas parecem torcer para que tudo dê errado. Para elas, um copo com água pela metade sempre será um copo meio-vazio, nunca um copo meio-cheio.
Tudo bem que o ambiente de trabalho seja um local complexo! Está certo, também, que nem tudo na empresa é um mar-de-rosas, às mil maravilhas como muitos gostariam que fosse. Mas a vida, no geral, é assim: sobram ideias, faltam recursos e temos que viver e trabalhar com o que temos, dentro das limitações.
Nas empresas também não é diferente. A verdade é que nenhuma empresa hoje vai ter tudo o que precisa para fazer as coisas, da forma que desejavam.
Estamos vivendo a época de fazer mais com menos, de fazer dois mais dois resultar cinco e não o tradicional quatro. É a época da sinergia, e as pessoas precisam compreender esta nova realidade.
Logicamente que ninguém deve concordar com tudo o que ocorre na empresa. No fundo, é até bom que existam discordâncias, conflitos de ideias, pois elas são saudáveis, porque fazem as pessoas refletirem diante de seus pensamentos, opiniões e posições, encontrando, muitas vezes, novas ideias e formas diferentes de resolver um problema ou aproveitar uma oportunidade. A empresa precisa aprender com ela mesma. Para tal, deve reconhecer e aceitar a existência de valores diferentes das pessoas que trabalham nela.
Para lidar com os problemas dos pessimistas, a empresa deve contar com um sistema de comunicação prático, descentralizador e que não privilegie uns em detrimento de outros. O acesso a uma informação de interesse coletivo, por exemplo, deve ser facilitado.
O processo precisa ser bem democrático, justo, transparente e envolver muita conversa entre todos os níveis. A empresa deve criar uma prática de ouvir o que seus empregados têm a dizer, motivando-os a fazerem isto ao invés, apenas, de ficarem comentando fatos pelos corredores, com os outros, de sala em sala, distorcendo tudo como se fosse um “telefone-sem-fio”.
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