Considerado como o maior evento de varejo do mundo e estando em sua 110ª edição, o “Big Show” da National Retail Federation (NRF) de 2021, por conta da pandemia da Covid-19, teve suas atividades realizadas de maneira virtual, a exemplo de tantas outras e eventos que mantiveram sua agenda.
A NRF é uma federação representativa dos varejistas dos Estados Unidos. Esse evento tradicionalmente é realizado entre o final da primeira e começo da segunda quinzena de janeiro, em Nova York. Seu principal destaque é a sinalização de tendências do varejo e do mercado de consumo apresentadas habitualmente ao longo de uma semana.
Na edição deste ano foram reunidos, segundo o CEO da NRF, Matt Shay, uma média de 330 expositores e 350 palestrantes, compreendendo mais de 100 sessões com 80 horas de conteúdo. Quando realizado presencialmente, apenas para que você tenha uma ideia das dimensões do evento, caso ainda não o conheça, em 2020, ele contou com mais de 40 mil participantes e 800 expositores, vindos de mais de 100 países e representando uma média de 16 mil varejistas. As delegações brasileiras contaram com uma média de 1.900 participantes.
Na edição deste ano, o tema foi “Forward Together”, estabelecendo a ideia de que “juntos avançaremos”.
Apenas a título de informação e para que você possa conectar e entender os assuntos desta discussão primeiramente tendo-o, na condição de leitor, como consumidor e, depois, os rebatimentos diretos e indiretos de cada um deles com os negócios de sua empresa, é recomendável a prática do exercício de avaliação e reflexão do conteúdo apresentado para tanto.
Comece, por exemplo, avaliando algumas das ideias centrais abordadas nas edições anteriores do evento, separadas por anos, e a relação com os negócios de sua empresa, por exemplo:
•2020 - o uso e as inúmeras soluções da análise de dados, além da importância do fator humano nas operações, caracterizando uma necessária combinação entre “high tech” e “high touch”;
•2019 - novo varejo (new retail), com destaque às ideias de Jack Ma, do Alibaba Group, tratando da obsessão por dados, da cultura e da transformação digital;
•2018 - o varejo precisa se transformar e necessita de inovação;
•2017 - millenials (1980 e 1994) e novos hábitos de consumo;
•2016 - as lojas físicas acabarão e todas as compras ocorrerão pela Internet.
Caso deseje conhecer um pouco mais sobre a NRF e a edição de 2021, recomendamos acessar sua página, disponível na Internet: https://nrfbigshow.nrf.com/.
Para esta edição do Boletim do Empresário, prepararmos uma discussão diferente, operando-a sob o modelo de uma curadoria que destacasse, ainda que dentro de alguns limites naturais, as principais informações da edição deste ano da NRF, sistematizadas por meio de curadorias realizadas por algumas das principais empresas do Brasil, muitas das quais têm reconhecimento mundial, de maneira bem interativa, ou seja, com a possibilidade de você acessar links de complemento do assunto, no momento que achar mais oportuno dentro de seu interesse e da disponibilidade de sua agenda.
Na prática, teremos a curadoria de curadorias para que você tenha a melhor informação, de maneira objetiva e pontual, com diversos filtros para avaliar, como já destacado, primeiramente na condição de leitor, enquanto consumidor que é, para, depois, avaliar rebatimentos nos negócios de sua empresa, independente da área de atuação. Afinal, tudo é negócio!
A primeira referência citada para a curadoria envolvendo o trabalho realizado pela FFX Group (Fast Forward Xperience), que é um grupo formado por especialistas em comportamento de consumo com o objetivo de ajudar as empresas a enxergarem o futuro e se adaptarem às transformações. Mais informações sobre ela e seu trabalho podem ser obtidas pelo link https://7296489.hs-sites.com/ffx-group-nrf-2021.
Evento digital realizado pela FFX Group, por meio de seus gestores Guga Schifino, Mariana Carvalho e Tiago Pessoa de Mello, apresenta suas Take Aways contemplando algumas das principais ideias do Capítulo 1 da NRF de 2021. Para ter acesso ao conteúdo original desse evento da FFX, que foi utilizado como fonte de consulta para o conteúdo apresentado abaixo, basta acessar o canal da empresa no Youtube, por meio do link https://www.youtube.com/watch?v=cW7GYaTWTL0.
De maneira bem resumida, essas 10 Take Aways são:
1) Next Normal
Muitas vezes há necessidade de “ressetarmos” as coisas para um sentido natural de reorganização e readaptação; afinal, todo dia é um pouco diferente do outro e o que nos trouxe até aqui não será suficiente para nos levar adiante.
2) A Força da Cultura
Temas como empoderamento das equipes, diversidade e inclusão, resiliência, propósito, colaboração, transparência e sustentabilidade são, dentre outros, fundamentais para serem incorporados pela cultura das empresas, destacando que, aquelas que possuírem uma cultura forte, se sobressairão. Um dos destaques para tanto pelas empresas é colocar as pessoas no centro de tudo, tanto com destaque a colaboradores como sociedade, fornecedores e demais parceiros.
3) Liderança no Caos
Há um novo papel para o líder nestes tempos contemporâneos, principalmente com o desenvolvimento da capacidade de aprender e desenvolver novas características, habilidades e atitudes, trabalhando cada vez mais com a inovação e admitindo a possibilidade de seus limites diante da complexidade das coisas, motivo pelo qual sempre estar estudando é condição fundamental, e pedir ajuda, inclusive para aprender algo, não é sinal de vulnerabilidade.
4) Community Centric
As empresas precisam desenvolver e reforçar um sentido de comunidade com a sociedade, clientes e seus principais parceiros, para despertar o senso de pertencimento e de responsabilidade sociais com as coisas, com a possibilidade, inclusive, do estabelecimento de uma atuação em conjunto (coopetição) com seus concorrentes. Tudo isto traduz mudanças nas formas habituais de relacionamento com públicos em específico.
5) Serviço como nova experiência
Os serviços compõem fator competitivo para as empresas diferenciarem-se no mercado e criam novas formas para colocar o cliente no centro das decisões, permitindo um posicionamento de solução personalizada a suas demandas, trabalhando, por exemplo, com estratégias envolvendo subscrição (assinaturas para envio de produtos e prestação de serviços), autorefil (reposições automáticas), memberships (clube da empresa) e inclusão de novos serviços aos serviços já existentes.
6) O varejo digital first
A questão do digital necessita ser pensada primeiramente nos negócios para, depois, ser avaliada a questão do físico, de maneira que esse último seja um suporte ao digital e não mais o inverso, voltando-se especial atenção à jornada digital do consumidor, principalmente por conta do aumento das pesquisas na Internet para praticamente tudo.
7) The Now Customer
É preciso entender que, hoje, o consumidor compara a marca de seu produto ou serviço não exatamente com os concorrentes, mas, sim, com as experiências que vivenciou com tantas outras marcas, dos mais diversificados negócios, com os quais ele se relaciona, criando, por parte dele, níveis de expectativa para que a sua marca ofereça, minimamente, o mesmo que as demais em suas experiências.
8) Varejo Data Driven
Cada vez mais há necessidade do uso de dados do consumidor para manter a sua marca relevante nas relações criadas, de maneira que o uso desses dados seja interpretado muito mais como histórias do que simplesmente como números. É por este uso inteligente e mais relacional que os produtos e serviços das empresas encontrarão os consumidores adequados de maneira mais fácil, conveniente, objetiva e rápida.
9) Disrupção nos modelos
Novos modelos de negócios, envolvendo, inclusive, a coopetição com concorrentes, parcerias com fornecedores e conexão com clientes e comunidades sociais começam a ser desenvolvidos para promover inovações, simplicidade e eficiências às empresas em seus negócios, por meio de metodologias ágeis de gestão.
10) Era das Plataformas e Marketplaces
Novas modalidades para operação dos negócios com parceiros, por meio do digital, começam a ser desenvolvidos para promover uma maior integração e resultados exponenciais às empresas para seus negócios, independente do que comercializem, permitindo-as uma percepção de que estar presente ao consumidor é algo que ultrapassa os limites sobre ser físico ou digital.
Uma segunda fonte de consulta para esta curadoria de conteúdo é a plataforma Mercado & Consumo (www.mercadoeconsumo.com.br), do grupo Gouvêa de Souza, que realizou sua tradicional e extremamente qualificada cobertura especial sobre a NRF de 2021, estando parte disponível para acesso pelo link https://mercadoeconsumo.com.br/category/nrf-retails-big-show/.
Outro evento afim da Gouvêa de Souza constituído como Retail Trends – Estratégias Vencedoras para 2021 também está disponível para acesso pelo link https://www.youtube.com/watch?v=JTQhi-whI1g e apresenta um conteúdo bem interessante para a criação de insights para este ano.
Aproveite estas oportunidades de conhecimento de uma área de negócios muito dinâmica (varejo), que muda constantemente por conta de sua dinâmica de proximidade com os consumidores, e reflita sobre as possibilidades de conexão com a gestão e negócios de sua empresa. Tudo é aprendizado, principalmente quando se tem acesso ao novo e a referências qualificadas para a construção de um repertório estratégico que leve a um pensar diferenciado e antecipado sobre as tendências do mercado.
balaminut | março | 2021
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