Uma ferramenta comumente utilizada pelas empresas para o estabelecimento da realidade sobre sua situação e algumas de suas principais questões-chave é a Análise Swot.
A título de informação inicial, muito embora haja uma corrente teórica que limite o uso desta ferramenta na construção de estratégias, destacamos que, para a presente discussão, seu uso é considerado viável, dentro de algumas características aceitáveis, para a composição de estratégias por parte das empresas.
Swot é uma sigla derivada das palavras Strenghts (forças ou pontos fortes), Weaknesses (fraquezas ou pontos fracos), Opportunities (oportunidades para o negócio) e Threats (ameaças também qualificadas para o negócio).
Uma das vantagens para sua adoção é a facilidade de construção e compreensão. Isto, no entanto, não significa que ela não tenha uma base conceitual sólida, dentre as quais destacamos as contribuições específicas dadas por Kenneth R. Andrews (1916-2005), professor da Harvard Business School, entre 1946 a 1986.
As forças e fraquezas da Análise Swot são fatores de origem interna, correspondentes a variáveis controláveis, ao passo que as oportunidades e ameaças, por sua vez, são variáveis incontroláveis, ou seja, não há controle por parte das empresas a elas.
No intuito de que você tenha uma melhor compreensão sobre seu modelo e forma como está estruturada, apresentamos abaixo a Figura 1 para tanto.
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Fatores Positivos |
Fatores Negativos |
Fatores Internos |
STRENGHTS Forças |
WEAKNESS Fraquezas |
Fatores Externos |
OPPORTUNITIES Oportunidades |
THREATS Ameaças |
Figura 1 – Modelo estruturado da Análise Swot
Fonte: Adaptado de conteúdo disponível na Internet (2022)
Para aplicá-la em sua empresa, independente de porte, segmento e atuação de seu negócio, há necessidade de cumprir com alguns procedimentos, que você precisa saber e fazer:
1- Selecionar, de maneira bem criteriosa, um conjunto de itens (na quantidade julgada como adequada por você) que compõem os seguintes elementos:
Observação: lembre-se que tais itens são de natureza interna (controláveis).
2- Selecionar, também de maneira bem criteriosa, um conjunto de itens (na mesma quantidade indicada acima) que compõem as oportunidades e ameaças, resultantes de fatores externos (incontroláveis). Sua articulação se complementa com a Análise Pestel, apresentada aqui, um pouco mais adiante.
3- Distribuir os itens apresentados em cada um dos quadrantes correspondentes, conforme modelo estruturado que foi apresentado na Figura 1.
Ao fazer isto, refletia sobre a situação interna da empresa, sempre com um olhar que permita criar e fortalecer os pontos fortes identificados, buscando reduzir os pontos fracos em itens específicos, uma vez que é difícil eliminá-los em sua totalidade.
Ainda sobre os pontos fortes, entenda como aqueles itens que dão um diferencial em relação aos concorrentes e que são, em geral, uma exclusividade de sua empresa, ou seja, algo que ela realiza com excelência ou apenas ela oferece ao mercado, por exemplo.
Quanto aos pontos fracos, compreenda-os como oportunidades de melhoria que existem em sua empresa. Procure ser realista com a situação e os fatos diante da necessidade de reconhecer que elas existem, devem ser apontadas e objeto constante de trabalho.
Tanto na identificação dos pontos fortes como dos pontos fracos uma recomendação é envolver os clientes neste processo, principalmente quando eles são contextualizados no centro do negócio e das estratégias; é igualmente recomendável providenciar comparações sensatas com os concorrentes, em pontos específicos definidos para tanto.
Na sequência, trabalhando-se com as oportunidades, o sentido é sempre de aproveitá-las, pautando a aplicação dos pontos fortes. Lembre-se, no entanto, que nem todos estes itens são oportunidades, de maneira que seus apontamentos devem ser consequências de análises criteriosas de estabelecimento.
Quanto às ameaças, a perspectiva é de defesa e redução, tendo em vista as limitações em eliminá-las.
Oportunidades e ameaças podem estar contextualizadas por meio de uma Análise Pestel, que compreende aspectos políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ecológicos e legais, caracterizando uma palavra comumente usada na área de negócios.
Note que a palavra Pestel é composta exatamente pelas letras iniciais de cada uma das palavras indicadas, compondo a compreensão de seu sentido e aplicação.
Caso você deseje saber mais sobre o assunto, recomendamos uma leitura do assunto em quaisquer livros de Marketing ou de Estratégicas, com destaque às seguintes publicações:
ANDREWS, Kenneth R. O conceito de estratégia empresarial. IN: MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. O processo da estratégia. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
__________________ The Concept of Corporate Strategy. Homewood, IL: Dow JonesIrwin, 1971.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2019
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joshep. Safari de estratégia. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Carlos Alberto Zem é bacharel em Administração (Unimep), especialista em Administração de Marketing (INPG), Mestre em Administração (Unimep), especialista em Varejo e Mercado de Consumo (USP-Esalq) e especialista em Marketing (USP-Esalq). Atua também com serviços de consultoria em Marketing Estratégico. É professor universitário em instituições como PUC-Campinas, Senac – Campus Águas de São Pedro, Faculdade de Tecnologia de Piracicaba (Fatep), Universidade Anhembi-Morumbi (Campus Piracicaba) e Faculdade Pecege, além de orientar trabalhos de conclusão de cursos de MBAs da USP-Esalq-Pecege.
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