O que é mais importante: a falta de um produto ao cliente ou tê-lo no estoque, em excesso, deixando o dinheiro da empresa investido nele, quando poderia ser melhor aplicado em outras atividades? Como trabalhar o estoque para que não falte um produto no ponto de venda, matéria-prima na linha de produção ou suprimentos para uso no cotidiano?
Nestes casos, deve-se dispor de um estoque muito bem administrado, sem excessos e desperdícios, independentemente de sua natureza: matérias-primas, materiais em processo de produção, produtos prontos ou itens de uso geral.
Hoje, a competitividade deve considerar também uma estratégia para estoque: nem demais, nunca de menos, mas sempre na medida ideal. Apesar de pequenas exceções, os itens armazenados em excesso, sem giro, representam dinheiro parado e, por consequência, investimento perdido. Qualquer espaço ocupado pelo estoque tem um custo. Por conta disto, quanto menos espaço for destinado ao estoque, mais a empresa tende a ganhar. O recomendável é reservar o espaço à produção ou a atividades que agreguem valor. O tamanho do estoque precisa ser adequado e integrado à dinâmica da cadeia produtiva e às atividades comerciais da empresa. O giro dos itens deve ser rápido, pois a empresa necessita obter um retorno rápido do capital investido.
Fazer previsões de estoque sem uma técnica funcional pode servir em reservadas ocasiões. Por este motivo, esta "tentativa" precisa ser descartada. É preciso um programa de gestão de estoques, para poder fazer o planejamento e controle logísticos das operações. Muitas vezes, os esforços de trabalho e financeiro para contar com um programa afim podem custar caro, mas acabam valendo quando é analisada a relação "custo x benefício".
É regra também que o estoque não pode permanecer alto enquanto o caixa da empresa está vazio. Nem pode aumentar enquanto a produção permanece estável ou em declínio e, muito menos, deixar com que a produção pare pela falta de qualquer item. Neste sentido, alguns conceitos devem ser bem compreendidos para praticar o planejamento e o controle de estoques. É preciso identificar o tamanho do estoque necessário, o consumo médio de cada item para um determinado período (diário, semanal, quinzenal, mensal, semestral ou anual) e construir cenários atual e futuro.
Na sequência, deve ser compreendido o tempo que cada item requer para ser reposto no estoque e liberado para uso. Neste caso, deve-se ter uma análise de quanto existe no estoque, a quantidade a ser adquirida e o período. A definição prática de um estoque de segurança e de um ponto de pedido para repor o estoque deve ocorrer para assegurar a constância das atividades diante de imprevistos.
Por fim, cada item do estoque deve ser classificado considerando o seu custo, valor e importância. Para isso, temos o método “ABC”, por exemplo, no qual os estoques são classificados sob três categorias:
“A” - os itens são poucos em sua quantidade total, mas apresentam um alto valor financeiro em estoque, e exercem um papel crítico nas atividades da empresa, motivo pelo qual não podem faltar;
“B” - os itens atuam na condição intermediária, representando um patamar um pouco superior à categoria “A” em quantidade total de itens e um pouco menor em termos de valor financeiro total, requerendo atenção normal;
“C” - representam mais da metade da quantidade total de itens, porém, com um valor financeiro total de estoque pequeno, não exigindo muita atenção.
O entendimento mínimo destes pontos e a sua aplicação aumentam as oportunidades para contar com um controle mais eficaz, um planejamento funcional das necessidades e uma logística de disponibilização do item certo, na quantidade determinada e no tempo hábil.
Contando com uma logística deste tipo, qualquer empresa terá condições de atender, nas condições requeridas, as demandas de seus clientes, dispondo de uma poderosa ferramenta de marketing e gestão estratégica para o negócio.
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