A continuidade das tensões em relação a guerra tarifária, sobretudo entre Estados Unidos e China, fez com que o mercado apresentasse mais um dia de extrema volatilidade. Nesse contexto, o dólar voltou a se valorizar ante o real nesta segunda-feira (7/4) e fechou o dia cotado a R$ 5,91, com um avanço de 1,29%.
A alta vai na mesma direção de outras divisas mundo afora e do Índice DXY, que mede a força do dólar ante as principais moedas e subiu 0,36%.
O dia foi marcado pelo aumento do conflito entre Washington e Pequim, com o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçando impor nova tarifa de 50% a produtos chineses, adicionado aos 34% anunciados no “Dia da libertação”, caso o país asiático não suspendesse a taxa de 34% anunciada na última sexta-feira para produtos norte-americanos.
No Salão Oval da Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump disse que outros presidentes deixaram a China virar um país rico por taxar excessivamente os produtos norte-americanos, e que esta situação não deve permanecer. “Tenho uma grande relação com o presidente Xi (Jinping) e espero que a gente continue assim, tenho muito respeito pela China, mas nós não podemos fazer isso”, declarou.
O republicano destacou, ainda, que seguirá em conversas com a China e outros países para negociar acordos comerciais, mas que irá priorizar negócios que beneficiem os EUA, em detrimento de outras nações. “É a América, primeiro. Nós colocamos a América em primeiro (lugar). Outras pessoas colocaram a América por último e nós não vamos deixar isso acontecer”, acrescentou.
Diante disso, o dólar passou praticamente o dia inteiro em alta mais forte, chegando a atingir R$ 5,93 durante o pregão. O valor de venda do dólar turismo atingiu R$ 6,15 ao final da sessão, com variação positiva de 1,58%. Já o euro também se valorizou ante a moeda brasileira e encerrou o primeiro dia útil da semana em alta de 1,02%, cotado a R$ 6,45.
Na avaliação do professor da FIA Business School, Carlos Honorato, o ambiente de insegurança internacional, com a possibilidade real de aumento de juros nos EUA, é o principal fator que causa a volatilidade momentânea do câmbio. Ele destaca que o país norte-americano ainda é visto como um bom lugar de investimento, bem mais seguro do que em países emergentes, como o Brasil.
“Então, podemos voltar a ter um câmbio superior a R$ 6, mas eu também não acredito que seja por muito tempo, porque à medida que o país vai ficando barato, esses recursos tendem a voltar. Mas, de novo, tem que ter muita clareza e uma observação muito cuidadosa deste cenário que está sendo formado”, avalia.
Fonte: correiobraziliense
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