A partir deste domingo, 5 de janeiro, a passagem de ônibus no Rio de Janeiro terá um reajuste de R$ 0,40, passando de R$ 4,30 para R$ 4,70.

 

A alteração foi aprovada por meio de um decreto divulgado no Diário Oficial do município na quinta-feira, 2 de janeiro, com a assinatura do prefeito Eduardo Paes. Este aumento afeta os ônibus municipais, o BRT, o transporte em vans e kombis nas comunidades, além do VLT, o veículo leve sobre trilho, impactando diretamente no cotidiano dos passageiros da cidade.

 

 

O impacto do aumento de R$ 0,40

A elevação de R$ 0,40 no valor da tarifa de ônibus foi definida para ajustar o preço à correção monetária, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil.

O reajuste refere-se aos dois anos em que a tarifa de transporte coletivo não sofreu alterações, sendo o último aumento realizado em janeiro de 2023. O aumento tem o objetivo de repor as perdas inflacionárias e garantir o equilíbrio econômico das empresas concessionárias.

 

Os tipos de transporte afetados

O aumento não se aplica apenas aos ônibus convencionais. Também terão seus preços ajustados os serviços oferecidos pelo BRT (Bus Rapid Transit), um sistema de ônibus expresso que opera em vias exclusivas. O reajuste também atinge as tarifas de vans e kombis, conhecidas como “cabritinhos”, que fazem o transporte de passageiros em comunidades, além do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), sistema que integra o transporte público da Zona Portuária.

 

 

Subsidiação das passagens e contrapartidas

No Rio de Janeiro, o governo municipal subsidia parte do valor da passagem de ônibus. Ou seja, as empresas concessionárias recebem um valor superior ao pago pelos passageiros, o que garante que a tarifa permaneça abaixo do custo real do serviço. Este subsídio tem como contrapartida a obrigação das empresas em manter um percentual específico de sua frota em circulação, além de garantir a qualidade dos veículos, como ar-condicionado em funcionamento e a boa conservação dos ônibus.

 

O impacto financeiro para os passageiros

Para o passageiro comum, o aumento de R$ 0,40 na passagem pode parecer pouco, mas quando se calcula o gasto mensal com transporte, o impacto se torna mais significativo. Para aqueles que utilizam o transporte público diariamente, a mudança na tarifa pode resultar em um aumento considerável no orçamento. Por exemplo, um passageiro que faça duas viagens diárias (ida e volta) gastará mais R$ 1,20 por dia com a nova tarifa. Em um mês com 22 dias úteis, esse valor pode chegar a R$ 26,40 a mais.

 

 

Como o reajuste impacta no transporte coletivo da cidade

O reajuste, embora moderado, reflete a necessidade de atualização dos valores para que o sistema de transporte coletivo possa se manter funcional e com qualidade. Sem a correção anual das tarifas, o impacto da inflação pode comprometer a oferta de serviços e a manutenção da frota de veículos, o que prejudicaria diretamente os usuários.

 

Reajuste nas tarifas de táxi

Além do aumento da tarifa de ônibus, o Diário Oficial também publicou uma alteração nas tarifas dos táxis, que afetam tanto os passageiros regulares quanto os usuários do serviço por meio de aplicativo. A bandeirada inicial, que representa o valor pago assim que o táxi é acionado, sobe de R$ 6,10 para R$ 6,20. A tarifa por quilômetro rodado, durante o horário das 06h às 21h, nos dias úteis e aos sábados, passa de R$ 3,35 para R$ 3,65. Já a bandeira dois, praticada das 21h às 6h, além dos domingos e feriados, sofrerá um aumento mais significativo, indo de R$ 4,02 para R$ 4,38.

 

 

O que motivou o reajuste nos táxis?

O aumento nas tarifas de táxi também é uma tentativa de ajuste frente aos custos operacionais do serviço, que são impactados pela inflação, aumento de preços de combustíveis e manutenção dos veículos. Assim como no transporte coletivo, a correção é uma forma de garantir que o serviço se mantenha viável para os motoristas e, ao mesmo tempo, acessível para os passageiros.

 

 

Reflexos econômicos para os cariocas

Com o reajuste nas tarifas de ônibus e táxis, o Rio de Janeiro experimenta uma pressão inflacionária adicional sobre os seus moradores. A alta nos preços do transporte público tende a impactar principalmente a população de baixa renda, que depende do sistema de transporte coletivo para se deslocar diariamente. As alternativas de mobilidade, como o uso de carros particulares ou bicicletas, também enfrentam custos elevados, tornando o transporte público o único meio acessível para muitos cidadãos.



 

 

Aumento nas tarifas é inevitável?

A realidade é que o aumento das tarifas de transporte público é, muitas vezes, inevitável. O custo de manutenção da infraestrutura, os salários dos funcionários, a compra de novos veículos e a manutenção das frotas exigem investimentos constantes. A correção das tarifas busca refletir essas necessidades, mas também levanta questões sobre a qualidade do serviço prestado e a necessidade de uma maior transparência na gestão dos recursos públicos destinados ao transporte coletivo.

 

 

Considerações finais

O reajuste na tarifa de ônibus e táxis no Rio de Janeiro é um reflexo das dificuldades econômicas que o país enfrenta e das necessidades de ajustes nos sistemas de transporte público. Embora o aumento seja pequeno, ele é um lembrete de como a inflação e os custos operacionais impactam diretamente no bolso dos cariocas. O desafio agora é encontrar soluções para garantir um transporte público acessível e de qualidade, sem sobrecarregar os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis.

 

 

Fonte: seucreditodigital