Mercado brasileiro sofre efeito Trump, com alta do dólar e queda da Bolsa

 

Agentes financeiros, no Brasil, mantiverem o pessimismo, ontem, em meio a novos desdobramentos da guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e declarações polêmicas do republicano sobre os riscos de uma recessão da maior economia do planeta. O dólar fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a R$ 5,852 para a venda, maior valor registrado em março, em meio à queda da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), acompanhando as bolsas norte-americanas. O Ibovespa, principal indicador da B3, recuou 0,41%, para 124.519 pontos.

 

Em entrevista à Fox News, no domingo, Trump admitiu que os Estados Unidos podem atravessar um período de recessão por conta do impacto das medidas tarifárias que ele prometeu aplicar sobre os produtos importados dos principais parceiros comerciais, como Canadá, México e China. Desde que voltou para o comando dos EUA, o republicano tem anunciado uma série de tarifas sobre os principais parceiros comerciais, devido à resposta ineficiente no combate à imigração irregular e à entrada de fentanil no país, e admitiu que o país passará por um "período de transição" por conta dessas medidas. "Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é uma grande coisa. E leva um pouco de tempo, mas acho que deve ser ótimo para nós", disse.

"A fala de Donald Trump pegou os investidores de surpresa, ao admitir que os EUA podem entrar em recessão em breve. Por mais que exista esse questionamento, sobre a chance no médio prazo, quando o presidente fala, aumenta a atenção de todos", explicou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Segundo ele, os investidores estão atentos aos movimentos dos empresários norte-americanos buscando fornecedores alternativos aos México, ao Canadá e à China, "algo que encarecerá a produção, puxando preços para cima dos produtos no mercado norte-americano, e, possivelmente, exigindo um corte no quadro de funcionários", acrescentou.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, lembrou que o aumento do sentido de aversão ao risco no pregão de ontem foi marcado pelas quedas acentuadas nas bolsas norte-americana e pela queda na curva de rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os treasuries.

"Os juros dos títulos de 10 anos recuaram cerca de 10 pontos-base, evidenciando essa tendência. O tema das tarifas permanece no radar, e a incerteza sobre a implementação da política tarifária pela administração de Donald Trump, somada às retaliações dos países afetados, continua minando a confiança dos consumidores e do setor privado nos EUA", destacou.

Analistas lembram ainda que, amanhã, dois importantes indicadores de inflação do mês de fevereiro devem ser divulgados e isso aumenta a volatilidade, tanto no mercado doméstico, quanto no exterior: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), nos Estados Unidos, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Outra questão que gera instabilidade é o fato de Brasil e Estados Unidos também atravessarem problemas orçamentários. Enquanto o Congresso brasileiro ainda não deu início ao processo de apreciação do Orçamento de 2025, nos EUA, três meses após o último drama orçamentário, o governo de Trump enfrenta uma possível paralisação dos serviços públicos. (Com informações da AFP)

 

 

 

 

Fonte: correiobraziliense

 

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