O ponto de equilíbrio é o volume de negócios necessários, no qual os valores das receitas de uma determinada empresa se igualam ao total dos seus gastos (custos + despesas), indicando, portanto, o montante de negócios a partir do qual essa empresa passa a gerar lucros. É uma das principais ferramentas para análise do custo, volume e lucro.
Saber o ponto de equilíbrio geral da empresa e de cada um dos seus produtos ou serviços é uma ferramenta poderosa para o administrador na tomada de decisões. O cálculo do ponto de equilíbrio é um método significativo para o controle financeiro e operacional, inclusive para buscar as soluções mais adequadas para a gestão de uma empresa.
Existem dois métodos de cálculo do ponto de equilíbrio: o aritmético e o gráfico. No método aritmético o ponto de equilíbrio é calculado mediante a aplicação de fórmula, enquanto que, no gráfico, envolve o traçado de linhas representativas de receitas, dos gastos, em um sistema de eixos cartesianos, onde o ponto de equilíbrio é indicado pela intercessão entre as linhas de receitas e de gastos totais.
Contudo, existem três variações de cálculo do ponto de equilíbrio: o contábil, o econômico e o financeiro (ou de caixa). Para o cálculo do ponto de equilíbrio, o administrador pode levar em consideração as suas informações contábeis ou gerenciais, de acordo com sua disponibilidade.
Ponto de equilíbrio contábil
É o método mais utilizado e são considerados todos os gastos fixos na sua integralidade. Ele mostra a quantidade de vendas necessárias para que o resultado seja igual a zero (0). A fórmula é: PEC = Gastos Fixos / Margem de contribuição. Vantagem: o cálculo considera os demonstrativos contábeis para mostrar exatamente o quanto a empresa precisa vender para liquidar os gastos fixos e ficar com lucro zero. Qualquer quantidade abaixo deste valor deverá ser inaceitável, pois irá resultar em prejuízo.
Ponto de equilíbrio econômico
É similar ao contábil, exceto o custo de oportunidade. O total dos gastos fixos é aumentado pelo valor dos custos de oportunidade, aumentando assim, o valor das receitas para igualar os gastos fixos. Neste método o lucro será igual a zero mais a remuneração do capital próprio. A fórmula é: PEE = (Gastos Fixos + Lucro Desejado) / Margem de Contribuição. Vantagem: o cálculo considera o quanto a empresa quer de lucro, ou seja, a quantidade de produtos que precisam ser vendidos para que tenha o retorno desejado.
Ponto de equilíbrio financeiro
Neste método é considerado a situação do caixa. Os gastos fixos são reduzidos pelos valores não desembolsáveis no período, como é o caso, por exemplo, da depreciação, que diminuem o lucro contabilmente, mas que gerencialmente não representam saída de caixa. Neste método o lucro é igual a zero, diminuído da depreciação. A fórmula é: PEF = (Gastos Fixos – Gastos não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição. Vantagem: o cálculo considera gastos que não vão sair do caixa, mostrando exatamente o quanto é preciso vender para ficar com o resultado zerado. O problema deste método é que ele não prepara a empresa para momentos de troca de máquinas ou equipamentos que precisarão ser renovados num futuro próximo.
Edição | 1710
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